PPnP 1.0 - Piano Popular na Prática

PPnP 1.0 - Piano Popular na Prática

Comece do absoluto zero! Aprenda os acordes mais comuns e as levadas mais utilizadas para criar acompanhamentos incríveis no piano popular!

Visão Geral

O piano é um instrumento de percussão de altura definida cujo potencial instrumental consegue contemplar os aspectos melódico, harmônico e rítmico com clareza e completude. Além disso, é um instrumento bastante rico para o desenvolvimento da composição, improvisação e interpretação.

O pianista no contexto da música popular se difere da ‘erudita’ por sua natureza criativa, pois o pianista realiza a música em tempo real por meio de tomadas de decisão lançando mão de suas competências adquiridas mediante sua intuição, operando dentro de um conjunto de normas.

O pianista da música popular não costuma usar partituras no palco, mas sabe ler e escrever, ou seja, conhece a notação musical. No entanto, é mais comum que usem cifras: esquemas contendo letra e acorde, ou partituras com melodias cifradas.

O pianista popular é aquele sujeito treinado para tocar em grupo acompanhando e solando, versado na ‘linguagem da música popular’, capaz de criar sua música em improvisação. Chick Corea é uma referência nesse quesito, cuja performance em grupo é repleta de improvisações, reações e tomadas de decisões em tempo real.

A série Piano Popular na Prática (PPnP) contém aulas práticas para você embasar seu conhecimento partindo das tríades, suas inversões, seguindo com acordes com sétima, acordes de barra e poliacordes; ritmos e levadas para desenvolver a coordenação motora para acompanhar e, posteriormente, tocar melodia, harmonia e ritmo; leitura de partitura com o objetivo de ‘alfabetizar’ o aluno visando sua autonomia de aprendizagem; campo harmônico e cadências típicas para ser capaz de alterar a tonalidade de canções.

Finalmente, o estudante iniciante poderá começar pelo fortalecimento de uma base sólida sobre a qual construirá seu Piano Popular. Por isso, nossa metodologia se desenvolve por meio de aulas práticas visando o repertório da música popular, sumariamente sob o foco realista da atuação artística do pianista popular no mercado musical.

Realidade, situações, urgências, necessidades, tendências do aluno alvo deste curso

1) Há tecladistas que estudam material (ex.: música clássica, apesar de seu alto valor cultural e artístico) e utilizam ritmos pré-programados dos teclados eletrônicos que nem sempre são aplicáveis na prática do piano popular em contexto de mercado, como em bandas, igrejas, grandes e pequenos grupos musicais.

2) Percebe-se ainda, nesses tecladistas, uma escassez de conhecimento de acordes, campo harmônico, cadências típicas e coordenação motora, ou uma inabilidade de aplicá-los, para atuarem como pianistas populares. A aquisição de tais conhecimentos é, pois, uma urgência tanto para iniciantes quanto iniciados.

3) O repertório que aprendem é restrito a um programa escolar que, frequentemente, torna-se inadequado ou irrelevante no contexto musical prático, visto que não trabalha as técnicas pertinentes. Um exemplo é o aluno de conservatório que estuda peças clássicas até o nível mais avançado, mas são incapazes de criar um simples acompanhamento à moda do piano popular para tocar em bandas, acompanhar um cantor ou congregação, ou até mesmo tocar uma canção com melodia e acompanhamento.

4) Há neles uma incapacidade de treinamento da habilidade de aprender músicas por si próprio, ou seja, não desenvolvem a ‘autoria’ da construção de um modo próprio de tocar. Fatalmente, o tecladista / pianista não possui uma estilização bem desenvolvida, muito menos uma "impressão digital" musical.

Soluções

Muitas pessoas que atuaram na música popular não frequentaram aulas de música no sentido tradicional (escolas de música ou conservatórios), como é feito hoje. Muitas vezes, eles não faziam exercícios técnicos nem tocavam música clássica ou memorizavam partituras.

Claro, não era regra, mas a metodologia de ensino-aprendizagem era baseada na observação, na criação, no "tirar de ouvido" e no fazer prático. Eles iam colecionando uma série de técnicas melódicas, harmônicas e rítmicas para reinventar sua forma de tocar, arranjando o acompanhamento em tempo real; ou seja, aprendiam a tocar de improviso utilizando-se dessas técnicas.

O ensino hoje é fundamentado em leituras e memorização do cânone musical clássico e não visa o treinamento auditivo muito menos a aquisição de técnicas de acompanhamento da música popular. E, para piorar, há uma infinidade de livros e vídeos gratuitos cujo acesso desordenado pode confundir ainda mais o aspirante à arte.

Em primeiro lugar, é importante ter uma base muito sólida de acordes (tríades) tanto no aspecto técnico quanto auditivo. É preciso saber tocar estes acordes com precisão, acuidade, assertividade e ser capaz de reconhecê-los de ouvido. A maior parte dos acordes tocados por profissionais é baseada em tríades, pois o repertório da música popular é construído valendo-se desses acordes. Logo, ter um conhecimento profundo das tríades é condição fundamental para funcionar em ambiente prático.

Em segundo, é necessário conhecer as escalas que os geram, principalmente a escala maior sobre a qual o campo harmônico é gerado. Isso possibilita, de forma bastante prática, a habilidade de transpor músicas para tons diferentes, uma vez que o acompanhamento de cantores muitas vezes necessita mudar o tom para acomodar o naipe vocal.

Em ritmo, é fundamental ter competência na coordenação motora, conhecer levadas e ritmos variados e possuir grande sensibilidade rítmica que está para além da precisão metronômica. Somando-se as levadas mais comuns de estilos variados como a balada, baião, rock, funk, samba, bossa nova etc., é possível valer-se dos rudimentos percussivos que os bateristas utilizam (considerando-se que o piano é um instrumento de percussão) para desenvolver ainda mais no aspecto rítmico.

Por fim, adotar um paradigma em que a pessoa se encontra como ‘músico’, a saber: capaz de criar música, iniciando pelo acompanhamento, seguindo-se com pequenos arranjos de melodias inseridas nos acompanhamentos, passando ao piano popular solo, indo-se à criação de improvisações na linguagem do Jazz e da MPB, até à autoria de peças musicais por meio da fatura de um piano autônomo.

Nossos objetivos

Apresentar técnicas de execução instrumental com coerência no contexto da interpretação musical para fornecer ao aluno os recursos técnicos (práticos e teóricos) básicos que são utilizados para execução, interpretação, leitura e harmonização do repertório da música popular para operar como instrumentista em grupos.

Dar base sólida para a construção de técnica instrumental competente no que diz respeito ao acompanhamento, preparando o aluno iniciante para o contexto do piano popular avançado.

No âmbito geral, moldar o aluno dentro de um padrão de qualidade ideal, fornecendo ferramentas para que ele ou ela seja autor de sua própria história musical.

Ao final do curso, o aluno poderá ser capaz de compor um acompanhamento básico com acordes, melodia e ritmo para ambientes em grupos no contexto da música popular.

Objetivos claros e significativos

1- Tocar tríades maiores e menores, acordes com sétima, acordes de barra.

3- Adquirir o conhecimento básico de escala maior e seu campo harmônico.

4- Desenvolver a coordenação motora rítmica por meio de levadas básicas.

5- Ter um primeiro contato com a leitura da partitura.

6- Aprender canções como um modelo para que o aluno possa transpor esses conhecimentos para seu repertório desejado.